Qual é a minha arte ?
A minha jornada no campo da criatividade e artes vem da minha infância. Passei por várias atividades artísticas, muitas escolhidas de acordo com a faixa etária que atravessava. Entretanto é na arte do barro que estou há mais tempo.
Lidar com a argila me faz muito bem. Entrego minha força ao barro desde o momento inicial do trabalho. Ao amassá-lo minhas mãos e braços se articulam, o tronco se verte em forma de cumprimento ao elemento origem da vida e pernas e pés se posicionam fixos ao chão. Sinto a energia vindo da terra, passando pelo meu corpo e chegando ao barro.

Esse ciclo se repete muitas vezes, enquanto estou trabalhando a massa. Depois de “preparada” para a criação, a argila conversa comigo e daí em diante a criatividade e a minha energia interna se juntam para dar forma ao barro. Ao estruturar uma peça, que inicialmente foi imaginada e pensada, várias vezes surgem percalços que não possibilitam correções e modificações passam a ser necessárias na sua concepção.
Em alguns momentos, é decepcionante e frustrante e em outros instantes sou surpreendida positivamente com a nova criação.
E assim, acontece no nosso percurso de vida. Desejamos, sonhamos e executamos. Porém, durante a nossa caminhada, somos desafiados a mudar o rumo para sobreviver e ser feliz.
O barro é energia, é ciclo de vida, é transformação. Manusear argila é trocar energias, é buscar no fundo do seu EU, sentimentos, força para o seu desenvolvimento interno e externo.
Trabalhar com o barro, é trabalhar com o seu potencial de criação e de criatividade.